Há quanto tempo estamos aqui

31 maio, 2005

Eu brigo, tu brigas, os monges brigam

Creio que a maioria das pessoas tem como imagem mental de um monge budista uma pessoa de cabeça raspada, roupas laranjas, calmas, pacíficas e que são adeptadas da não violência. Bom, pelo menos para um grupo de monges da Tailândia, esta imagem não é a mais correta.

De tão inusitado, reproduzo aqui o texto apresentado no portal Terra (texto original):


"Cinco monges budistas perderam a compostura e brigaram no meio da rua com monges de um templo próximo ao seu, na Tailândia. Conforme a Agência Reuters, a briga foi o ápice de anos de rivalidade entre os dois templos.

Na rusga, causada pela "coleta de almas" em lados diferentes da mesma rua, não faltaram insultos e gestos rudes. "Quando uma pessoa comum recebe um 'dedo do meio levantado', vai ficar brava. Assim como eu", queixou-se um dos monges, Boonlert Boonpan.

Boonlert disse ainda que costuma carregar uma soqueira em sua mochila durante a pregação pelas ruas. Ele e outros quatro monges, todos com idades entre 15 e 28 anos, foram multados por perturbação pública e agressão aos monges mais velhos.

Mesmo multado, But Boonlert não se arrependeu: "Se os senadores podem lutar no Parlamento, por que não os monges?", perguntou.
"

Talvez o pior de tudo não tenha sido a briga em si, afinal, monges são humanos, e como tais, sujeitos a reações, digamos, extremas... na minha opinião, a declaração mais chocante foi aquela onde se diz: "Se os senadores podem lutar no Parlamento, por que não os monges?"

É como o meu pai costuma dizer: só porque uma pessoa se atira num poço, tu também deve se atirar ? Só porque os parlamentares brigam, devem os outros também brigar ? E eu que achava que este tipo de comportamento fosse exclusividade nacional (aqui, ao invés de brigas, temos roubos: se os políticos roubam, porque não podemos roubar também ?)..

Essa briga dos monges, e a declaração dada me fizeram re-afirmar minha crença de que o nosso país só será desenvolvido o dia em que ele desenvolver coisas mais simples, como acabar com a impunidade; se alguém fez algo errado, esta pessoa deve ser julgada e condenada, servindo assim de exemplo (um bom exemplo), para aqueles que acham que podem se safar... ou seja, o dia que acabarmos com o jeitinho brasileiro, aquele de sempre querer levar vantagem em tudo, daí sim, começaremos a ver uma luz no fim do túnel, e não será um trem vindo em nossa direção.

27 maio, 2005

Matriculado !

E a confirmação da matrícula na PLI finalmente saiu !

Fiz a matrícula no dia 15, e haviam me dado 7 dias para o recebimento da confirmação.

Dia 23 resolvi ligar para a STB para ver como estava o andamento da matrícula, mas não consegui falar com a pessoa que havia me atendido, pois ela estava com um cliente.. pedi para deixar recado, e fique sem notícias até o dia 24 à tarde, quando liguei novamente, e daí sim, consegui falar com quem havia me atendido. Segundo ela, eu tinha sido avisado por email, mas até hoje, não vi o tal email.

Agora, matrícula efetuada, chefe avisado, não há muito mais o que fazer, a não ser esperar o passaporte ficar pronto, e o período correto para dar entrada no visto.

Por enquanto, acho que vou apenas comprar a passagem aérea, aproveitando a queda do dólar comercial ( hoje ele fechou em R$2,38 ). A passagem é a única coisa que eu vou conseguir comprar que é cotada pelo dólar comercial, e pagar em reais.

A vendedora de aranhas

Quarta agora, véspera de feriado de Corpus Christi, fomos, eu e esposa, comer beirute com um casal de amigos, num lugar aqui em Porto Alegre que faz um beiture muito bom ( inclusive de chocolate).. Estação Beirute é o nome, e fica ali na Cidade Baixa.

Estávamos lá conversando quando chegou uma vendedora de artesanato, oferecendo seu trabalho, que consistia basicamente de aranhas ( e algumas formigas ) feitas de arame com uma capinha de plástico verde, com pedras (quartzos, ametistas, etc.) e sementes incrustadas. Tanto para decoração como para usar como incensário.

Apesar da recepção meio fria que demos para a garota ( que pelo que deu para entender tinha uns 21 anos ), ela ficou ali do nosso lado, puxando papo, nos contando sobre o significado das aranhas e de cada signo ( confesso que muito eu não consegui prestar atenção, pois estava muito barulhento no bar ).. E conversa vai, conversa vem, ela nos contando sobre como é ruim trabalhar atrás de uma mesa, de como ela iniciou a vida de artista, ou ter tido um chefe nojento, 2 vendas foram feitas :)

Minha esposa comprou 2 flores que ela fez ali na hora, com os arames e apenas 1 alicate pequeno, e a esposa de meu amigo comprou mais outra. As flores ficaram muito bonitas, e podem ser usadas como apoio para fotos ou recados.

Depois que ela foi embora, ficamos comentando que mesmo ela não querendo, ela sabia mesmo como ser vendedora. Não foi muito bem-vinda por nós inicialmente, e depois, quase que ficamos todos amigos.

23 maio, 2005

Rivera - Uruguai

Sábado, dia 21, foi dia de viagem de um dia até Rivera. Meu sogro havia nos convidado, eu e minha esposa, cerca de 2 semanas atrás.

A viagem começou cedo. 04 da manha já estávamos nos acordando, pois segundo o cronograma iríamos sair de Santa Cruz às 05 da manha, como de fato aconteceu. Éramos eu, minha esposa, o irmão dela, e os pais dela, todos num Fiesta 1.0 ( este é um carrinho bravo, como vocês irão ver ). Era um dia frio de rachar, que piorava quando começava a ventar.

Para fugir das estradas com os piores trechos de asfalto, pegamos a BR471 em direção a Rio Pardo, e depois Pantâno Grande. Dali, seguimos pela BR290 até Rosário, e depois, pela BR158 até Livramento, e daí, Rivera. Entre Santa Cruz e Pantâno, e entre Pantâno e Cachoeira, trechos sob concessão de pedágio, a estrada era boa, e muito bem sinalizada, tanto de noite como de dia. Dali até Rosário a estrada era razoável, mas perto da cidade havia trechos sob reforma (que ainda não estava concluída), então, havia pedaços da estrada que haviam sido "raspados" para troca de asfalto, só que o novo asfalto ainda não havia sido recolocado. Pelo menos, podíamos saber onde terminava a pista e a faixa, mas havia trechos onde não conseguíamos ver nada ( na ida até que não era problema, pois já havia sol, mas na volta, de noite, era um tremendo perigo ).

De Cachoeira até Livramento, a paisagem era a típica da campanha: vastas extensões de campos, com pequenos morros na grande maioria, e alguns poucos morros mais elevados ( onde haviam antenas de TV, rádio e celulares ). O fato curioso da viagem: normalmente, quando passamos por paisagens assim, aqui no Sul, vemos pequenos grupos de animais reunidos, por exemplo, umas 3-4 vacas num "grupinho", ovelhas, cavalos, etc.. mas normalmente, em grupos pequenos.. chegando perto de Rosário, vimos o que parecia ser uma assembléia, com varios animais reunidos, parados, parecendo em volta de alguma coisa... muito sinistro...

Uma coisa inegável era que o dia estava perfeito para se viajar, pois tínhamos sol, céu azul sem nuvens, e não estava quente ( felizmente, pois o carro não tinha ar condicionado, e éramos três pessoas apertadinhas no banco traseiro ).

Por volta da 10:00 da manhã, chegamos em Rivera. Média de velocidade: 130km/h ( isso, lembrem-se, num carro 1.0, que nunca havia pegado estrada antes, e com 5 pessoas dentro ).

Quanto a Rivera, não há muito a se dizer. Minha primeira impressão do local foi como se eu tivesse ido para o centro de Porto Alegre, na região do mercado público, só que em menor escala, com menos movimento ( muito menos ), e com as propagandas das lojas em espanhol. De tudo que há para vender lá, realmente, o que vale a pena são bebidas e perfurmaria ( alguns pouco eletrônicos ). Para se ter uma idéia, uma garrafa de tequila José Cuervo, ouro, que no Brasil custa cerca de R$80, lá sai por US$9,40 ( que na época, e na cotação da loja, deu cerca de R$25,00 ). O preço das mercadorias é basicamente o mesmo em todas as lojas, mas o que varia é a cotação do dólar. Encontrei cotações que iam de R$2,55 a R$2,70.

A péssima impressão do local foi dada pelos banheiros dos locais em que almoçamos e tomamos um lanche. O almoço foi num restaurante que tinha uma apresentação bonita, mas onde o banheiro era uma desastre. Dava arrepios só de pensar se a cozinha era do mesmo nível. O banheiro do local onde tomamos um café, antes de voltarmos, era um deus-nos-acuda. Tenho pena de quem tem que lavar aquilo, pois parece que é 1x por semana que a limpeza passa por lá ( e quando passa dá apenas um oi, e vai embora ).

Às 17:00 saímos de lá, com a sensação de que não vale a pena ir. :)

O negócio é ficar sabendo de alguém que esteja indo até lá, e pedir para trazer algumas encomendas ( não sei se tinha algo especial no dia, ou se é sempre assim, mas não tivemos que passar por alfândega alguma ). A viagem exclusivamente para comprar coisas lá não vale a pena, pois é longe, e a estrada é muito ruim.

E já que queríamos chegar cedo em Santa Cruz, a volta foi mais rápida ainda, com média de 150km/h. Pelas 21:30 havíamos terminado nosso passeio.

E acho que para Rivera não voltamos tão cedo.

19 maio, 2005

CSI está de volta

Esta vem meio atrasada.

Mas cerca de 1 semana após eu ter comentado que o canal Sony havia parado de exibir CSI ( Las Vegas ) todos os dias às 22:00, recomeçaram a exibir os episódios, de segunda a sexta.

Pena que muitos dos episódios eu já vi, quando da primeira re-exibição da primeira temporada...

Mas pelo menos, estão exibindo CSI novamente.. de repente, eu consigo ver algum inédito :)

Da série personagens de uma cidade grande - 2

Alguns dias atrás, enquanto esperava com minha esposa o ônibus que ela iria pegar para ir ao trabalho, presenciei mais uma cena memorável.

Enquanto estávamos ali parados, um rapaz atravessou correndo ( de um jeito muito esquisito ) a rua, em direção a parada. Vestido de calça marrom, blusa xadrez bege, e uma camiseta cor de terra, alto magro, e com uma mochila nas costas, ele tinha na mão o que parecia ser um pedaço de capim... pensei que ele iria pegar o ônibus que vinha vindo, mas ele simplesmente parou na porta, falou algo com o motorista e não entrou. Ele ficou ali parado, parecendo meio atordoado, e então, voltou de onde veio, dando a sua corridinha.

Depois desse primeiro "encontro", achei que nunca mais veria o tal sujeito. Mas ele apareceu novamente. Correndo do seu jeito esquisito ( meio correndo, meio caminhando, como se não soubesse se devia correr ou caminhar ), mas sem nenhuma folhinha na mão desta vez. Ao invés de perseguir um ônibus, desta vez ele estava perseguindo uma Kombi ! Começou a corrida na calçada, e de repente foi pro meio da rua, abanando para o motorista, que devia conhecer o sujeito, pois parou e deu carona para ele.

É como se diz: "vou morrer e não vou ter visto tudo".

15 maio, 2005

Matriculando-se na escola de idiomas

Dia 11 de Maio foi dia de fazer a inscrição no curso de idiomas no exterior. Não foi o dia mais tranqüilo para sair mais cedo do serviço, mas se deixasse para depois, provavelmente iria pegar valores mais altos ( segundo me informaram, todas as escolas haviam alterado os preços na segunda, dia 9 de maio ).

Sai do trabalho, fui até a STB pagar as taxas necessárias: custo do curso (US$572), acomodação em casa de família
(US$528, por uma acomodação na chamada Zona2), taxa de matrícula ( US$150, que segundo a atendente é na verdade uma taxa de acomodação; a matrícula era, promocionalmente, grátis ), e taxa do traslado da chegada (US$65). Optei por pagar a vista pois já havia comprado os dólares algumas semanas antes.

Depois de chegar na STB, descobri que seria aconselhável ter marcado um horário, mas como não me avisaram de nada, fiquei fazendo uma série de perguntas para a moça que me atendeu, enquanto preenchia o formulário de cadastro, e ela, o contrato.

Bom, uma coisa que deve ficar claro sobre as acomodações em casa de família: a família ( que na verdade pode ser tanto uma pessoa sozinha, como um casal sem filhos, como também uma família mais "tradicional" com pai, mãe, filhos, avós,etc. ) tem uma relação estritamente comercial com quem eles irão receber; isso é, eles estão alugando um quarto para ti. Não é regra geral, de maneira alguma, que a família te leve para passear ou coisa semelhante. Não que isso não aconteça, mas é bem raro. Ou seja, não dá para esperar que eles irão te tratar como o parente distante que veio visitar eles. Inclusive, a taxa do traslado é paga para que um motorista contratado pela escola vá até o aeroporto, te esperando com uma plaquinha com o teu nome, que irá te levar até as acomodações. A volta ao aeroporto é por tua conta ( afinal, depois de 1 mês, já se espera que você consiga se virar na cidade ). A taxa é cara, mas considerando que uma corrida de táxi não iria custar muito menos, e minha experiência no exterior é zero, foi um dinheiro bem aplicado.
De qualquer forma, solicitei que fosse conseguida uma família mas participativa, afinal, queria conhecer o modo de vida canadense, praticar a língua, fazer contatos.

A escolha da família não envolve nenhum processo de seleção conjunto entre aluno e escola. O aluno diz quais os requisitos básicos que ele deseja: família com crianças, sem crianças, com animais, sem animais, etc, etc. e a escola acha 1 família que atenda ao maior número de requisitos que o aluno citou. O que não dá para fazer, devido a natureza não discriminatória do Canadá, é dizer que um determinado tipo étnico não é aceitável, por exemplo, não querer uma família de asiáticos. Logo, é possível que a família canadense possa vir a ser uma família chinesa ou indiana ou até mesmo canadense. Mesmo que a família seja chinesa, por exemplo, a língua oficial na casa é o inglês, e um mínimo de costumes canadenses a família deve possuir ( o que não impede que uma família seja escolhida onde a vó fale a língua materna ). No mínimo, aprendemos 2 idiomas pelo preço de 1. Uma vez indicada a família, a troca só pode acontecer estando lá.

Sobre a tal zona 2 que citei mais acima. A cidade de Toronto é dividida em cerca de 4 zonas, que começam a ser numeradas a partir do lago, seguindo em direção ao interior do continente. Na zona 1, temos o distrito comercial, o que para nós seria o centro da cidade. Na zona 2 e 3 temos uma mistura de casas e prédios comerciais. Na zona 4 temos o chamado subúrbio. Quanto mais longe, mais demorado para se chegar na escola, que fica bem no centro, próxima do SkyDome. Tanto, que a escola só oferece acomodações nas zonas 1 e 2. Optei pela zona 2 por que era mais barato, e também por que eram maiores as chances de se ficar numa casa, e não num apartamento.

A linha em vermelho indica o metrô.

Tempo viagem
Zona 1: 15 - 25 min
Zona 2: 20 - 45 min
Zona 3: 40 - 60 min
Zona 4: > 60 min

Havia 2 opções de escola: PLI e ILAC. Optei pela primeira pois me pareceu ser a que tinha um melhor restropecto, e também por ser mais "puxada" (se é para aprender inglês, que seja na melhor). Além de 2 aulas de 2 horas, a escola exige mais umas 5 horas de estudo por conta do aluno. Para se ter uma idéia, duas professoras de inglês de uma escola do interior do RS foram para a PLI, fizeram a prova de colocação, e de 8 níveis, ficaram no nível 5.

Ambas as escolas ficam no centro de Toronto, não muito longe uma da outra. Aliás, pelo que pude ver, quase todas as escolas de inglês de Toronto ficam no centro da cidade.

Dos extras que se oferece, como banheiro privativo ou tv a cabo, não escolhi nenhuma. Fiquei com vontade de pagar pela conexão a internet, mas conforme me disseram, o que eu estaria comprando era exatamente o oferecido, ou seja, a "conexão" a internet; se eu nao levasse um notebook eu não teria como aproveitar. Há casos, no entanto, de famílias que oferecem também um computador para o acesso. Vou esperar pela indicação da família, para saber se vale a pena ou não comprar o acesso a internet. O banheiro privativo já está sendo considerado :)

E isso foi tudo no dia da matrícula. Em 1 semana ficarei sabendo se a matrícula foi aceita e receberei a carta de aceitação, a ser usada para se conseguir o visto. E o visto mesmo, só no começo de julho, pois o ideal é só tentar obter o visto 3 meses antes da viagem. A indicação da família, somente cerca de 4-2 semanas antes da data da viagem.

Bom, por hoje é só. Mais coisas sobre o Canadá a medida que o dia de viagem for chegando, em final de setembro.

11 maio, 2005

Overhaulin', Monster Garage e cia.

Faz algum tempo, o Discovery Channel começou a exibir alguns programas que giram ao redor do mundo dos carros. Começou com o programa Rides, que agora é exibido de vez em quando, e passou para os programas Overhaulin' e Monster Garage ( sem contar alguns programas "especiais" sobre carros e ocasionais reprises do Rides ). Para quem não conhece, uma rápida explicação sobre os programas.

No Overhaulin', pessoas são indicadas ao programa por amigos ou familiares. Normalmente, os indicados possuem carros que podemos chamar de legítimas lata-velhas sobre rodas. A produção do programa então elege um dos candidatos, e prepara para ele uma "pegadinha". Já vi algumas exibições do programa, mas basicamente, a pegadinha gira em torno de "roubar" ou "guinchar" o carro.

O veículo é então levado para uma oficina onde um equipe de profissionais faz uma transformação radical no carro, passando da pintura externa, ao estofamento e ao sistema de entretenimento ( não é apenas um sistema de som que é colocado no carro, mas também dvd players e telas de LCD ), tudo isso, em 1 semana. E durante a semana, o dono do veículo recebe várias ligações de falsos detetives, que dizem estar investigando o roubo, a ladrões que exigem um resgate pelo carro. No final, um carro caindo aos pedaçõ é entregue todo reformado a um dono que chora ( ou de alegria por ter um carro novo em folha ou por ter percebido que havia sofrido 1 semana em vão ).

O Monster Garage é um pouco mais simples. Um desafio é feito para uma equipe de profissionais, liderado pelo Jesse James ( segundo o programa, um mestre na arte da mecânica e funilaria ). Por exemplo, transformar uma camionete Blazer num furgão para remoção do lixo depositado em latas de lixo, ou então, fazer o cortador de grama mais rápido do mundo. Eles também tem 1 semana para preparar tudo, com a diferença que eles possuem um orçamento limitado de cerca de US$3.600

Bom, mas o que me pergunto, é onde este tipo de programa se encaixa naquilo que considero como sendo o perfil do Discovery Channel. Tenho como sendo este um canal de ciências. Mas onde entra a ciência num programa onde pessoas são levadas a sofrer para ganhar um carro novo, e onde um carro é transformado numa máquina catadora de lixo ?

Pelo jeito, a briga pela audiência está tão feia que a direção do canal teve que dar o braço a torcer para este tipo de programa ( no Brasil, o canal Cultura, que seria para divulgar a cultura no país, também já lançou programas de auditório nos moldes daqueles de Ana Maria Braga e Hebe, tudo para aumentar a audiência e conseguir mais dinheiro )....

Só espero que o National Geographic não embarque neste navio tão cedo ( ou nunca ).

06 maio, 2005

Da série personagens de uma cidade grande - 1

Que numa cidade grande é possível encontrar os tipos mais estranhos, quase todo mundo sabe. Mas sempre que encontramos um, ainda ficamos surpresos ou chocados ( depende do tipo que encontramos ).

Dois dias atrás, minha esposa, voltando
de ônibus do serviço, foi "brindada" com a presença de uma senhora que entrou no ônibus falando os mais cabeludos dos palavrões, assim, do nada. Entrou no ônibus falando, sentou e continuou falando, até que algumas paradas depois o motorista se obrigou ( e obrigou ) que a indesejada passageira descesse. Ela o fez, mas não sem dizer mais alguns palavrões.

E hoje, vindo ao serviço, vejo outra destas figuras.Ela ficava indo prá lá e prá cá, no fundo do ônibus ( lotado ), e falando em voz alta.
Só fui perceber melhor o estado da mulher quando esvaziou um pouco. Pensei que fosse alguém falando no celular ou com algum conhecido, mas quando estávamos para descer ( ela desceu na mesma parada que eu ), deu para sentir o "perfume" da cachaça :)

Ela estava "pra lá de Bagdá"... e dando em cima das outras mulheres ! Chegou para uma, e bem sério, falou: "Só estava olhando para os seus pés, senhora. São bem bonitos". A mulher dos pés até que levou na esportiva, dando um sorriso como que dizendo: "cada louco neste mundo".

05 maio, 2005

Pérolas de um político

Incrível, mas quanto mais a gente detesta uma personalidade, mais se fala dela ( mal, mas se fala ). E no cenário político nacional não existe figura mais detestada que a do presidente da Câmara, "seu" Severino Cavalcanti (PP-PE).

Vejam algumas das pérolas de autoria dele, durante uma entrevista de 2 horas, dada em um evento promovido pela Folha da São Paulo.

Com a palavra, Severino Cavalcanti:
  • sobre sexo antes do casamento: "Acho que a mulher [ao casar] tem que ser virgem, tem que ser pura. O homem não, muitas vezes quer aprender como fazer o serviço. Tem que aprender com quem estiver disposta a ser professora." (logo antes, disse ter casado "mais ou menos virgem")
  • sobre nepotismo: "Por que o meu filho não deveria ser nomeado? Só porque é meu filho? Ele deveria ser punido? Gostaria que se fizessem estas perguntas aos dirigentes das empresas. Os jornais Folha de S.Paulo ou Estado de S.Paulo não são dirigidos de pai para filho? Qual a diferença?"
  • sobre aborto em caso de estupro: "Se houve o estupro, a criança deve nascer. O estupro é um acidente horrendo."
  • sobre conceder privilégios a amigos: "Primeiro devemos respeitar as pessoas como seres humanos, que precisam de alguém para confiar. Eles [amigos e eleitores] têm a mim"
  • sobre ter usado seu papel de deputado para livrar da cadeia um amigo que quebrou as dependências de um bar: "Se formos castigar todos os que bebem, não haveria cadeia para todo mundo que bebe."

01 maio, 2005

Jardim Botânico

Moro num bairro muito próximo do bairro Jardim Botânico, aqui em Porto Alegre, que leva este nome devido ao jardim botânico que existe na cidade. E apesar de morar aqui há algum tempo, nunca tinha ido visitar o local. Pois ontem resolvi ir passear lá, junto com minha esposa. Afinal, o tempo estava muito bonito, ensolarado, sem nuves, sem vento e sem calor.. perfeito para ficar na rua, "lagarteando" como é dito por aqui.

Devo dizer, o local é muito bonito. Não que a cidade não tenha parques públicos bonitos, mas o fato de a visita ao Jardim Botânico ser paga de certo modo limita a quantidade de visitantes, o que torna o local muito calmo, e aparentemente, mais seguro que os demais parques.

São 41 ha de área para passear ou ficar sentado ao sol, relaxando. Bem próximo de uma avenida movimentada, no centro do jardim ficamos com a impressão de que nem estamos numa cidade grande, ouvindo quase nenhum carro, e vários pássaros cantando.

A entrada do parque é feita por um caminho cercado de árvores, como pode ser visto na figura abaixo.



A esquerda temos o centro de exposições, com um pequeno museu de história natural. Mais atrás do museu há mais áreas para passeio. O local é realmente grande.
>

No museu, há parte do esqueleto de um dos maiores jacarés pre-históricos do Brasil, achado no Acre. Pela etiqueta que havia ao lado do crânio, o animal inteiro media entre 12 e 15 metros, chegando a cerca de 6 toneladas. Realmente, algo que eu não gostaria de ver de perto, vivo, durante um passeio de barco.


Este ninho de vespas foi encontrado em frente a uma casa abandonada, no interior do RS. Não me recordo do nome da cidade, porém.


No lado esquerdo da entrada do parque, há um pequeno lago, cheio de tartarugas, como pode se ver.



Um pouco acima do lado com as tartarugas, há este caminho entra as árvores, que leva mais para dentro do parque.