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29 abril, 2005

Fazendo o passaporte

Grande emoção... Hoje fui fazer meu passaporte.

Cheguei na Polícia Federal cerca de 15 minutos antes de abrir o expediente, que iniciava as 09:00. Chegando lá, fui informado que às 09:00 iria começar a distribuição de senhas. Pensei "Que estranho, distribuição de senhas ? Como será que eles iam fazer isso ?" Bom, fiquei lá sentado esperando a hora chegar. Quando entrei no prédio haviam mais 2 pessoas esperando. Fui a um dos bancos e sentei. E ainda pensando como seria a tal distribuição de senhas, afinal, não havia ninguém responsável por perto e muito menos um local com as tais senhas.

Lá pelas 09:00, talvez um pouco antes, começou a movimentação do pessoal da Polícia. Nestes 15 minutos e pouco que fiquei esperando, mais umas 10 pessoas acabaram chegando. Todo mundo se acomodando, e o pessoal da Polícia se movimentando.

E então percebi como seria a tal distribuição. Uma menina, estagiária quem sabe, se aproxima das pessoas, e em voz alta, pergunta: "Quem chegou primeiro". Só não fiquei de boca aberta para não parecer um bobalhão. Convenhamos, perguntar quem chegou primeiro ? Porque eles nao fazem como nos bancos, com aquelas maquininhas que distribuem senhas ? Para piorar, quem estava lá para buscar o passaporte não precisava da senha, só que isso não foi avisado quando a menina perguntou quem chegou primeiro.

A pessoa que tinha chegado primeiro estava buscando o passaporte, então imaginei que seria, no máximo o terceiro. A pessoa na minha frente não sabia se era para retirar ou entregar documentação, e daí não sabia se precisava de senha ou não.. e na dúvida, já quis passar a vez dele para um casal de idosos que havia chegado muito tempo após eu ter chegado...ele ficou com a senha inicial ( o casal de idosos foi atendido logo, pois bastava apenas retirarem o passaporte ), e fiquei com a segunda ficha.

O atendimento foi rápido e prestativo. Poucos documentos foram necessários, em comparação ao que era pedido no site da Polícia Federal: carteira de identidade ( precisava de cópia, que eu não tinha, mas a atendente disse que no meu caso não seria necessário, pois minha letra estava bem legível ), CPF, comprovante de pagamento de taxas e foto. Coisas que não entendi foram o prazo dado para retirada, cerca de 1 mês ( quando no site se fala de um prazo de 5 dias ), e o fato de não ter recebido nenhum comprovante ou número de protocolo.

Outra coisa que eles poderiam melhorar: após aberto o expediente, as senhas ficam "escondidas" atrás de um balcão, o que faz com que todos que cheguem interrompam o atendimento para perguntar onde uma ficha pode ser conseguida.

Só espero que no dia prometido o documento esteja pronto. Ele vai ficar pronto apenas alguns meses antes da partida, e espero que isso não seja nenhum empecilho para a realização da viagem.

17 abril, 2005

Visitando o Aeroporto Salgado Filho

Já que pretendo viajar para o Canadá no final do ano, achei que seria uma boa dar uma olhada num aeroporto, e ir me acostumando com o ambiente. Moro em Porto Alegre há cerca de 14 anos, mas desde que me mudei para cá, não havia ainda visitado o aeroporto Salgado Filho. A última vez que o visitei, tinha cerca de 12-14 anos, numa excursão de colégio..coisa de gente do interior, vir para a cidade grande e conhecer os "marcos turísticos".

Não me recordo muito bem de como era o aeroporto naquela época. A única coisa que me recordo foi ter visto um avião decolando. E claro, me recordo do meu primeiro passeio de metrô.

Antes de chegar, imaginava o aeroporto um local muito grande, ainda mais após as tão faladas ampliações e construção do novo Terminal 1. Ok, o local é grande, mas não tanto como eu imaginava. Dividido em 3 andares, na parte de cima ficam algumas lojas, o setor de alimentação, cinema, e o terraço ( fechado ), onde pode-se ver os pousos, decolagens, e o trabalho do pessoal de terra ( antes da decolagem e após os pousos ). No segundo andar fica o desembarque e mais algumas lojas, e no primeiro é onde é feito o check-in.

Aliás, sobre o check-in. Para quem não sabe ( eu só fui saber depois de perguntar para quem já tinha viajado de avião antes ), o check-in nada mais é que o fato de dizer para a companinha aérea que tu vai realmente viajar, embarcar as bagagens, e escolher o assento ( pelo jeito, sim, dá para escolher o local ). Fazendo uma comparação forçada, quem já viajou de ônibus faz algo parecido, só que sem um glamour. :)

Uma coisa legal de um aeroporto é ver o trabalho da equipe de terra. O avião fica parecendo um torrão de açúcar, com um monte de formiginhas ao redor. E o pessoal que manobra os tratores com as bagagens se acham pilotos de corrida. Os caras são alucinados na direção! :) Ainda bem que eles manobram carrinhos com malas... não queria pegar um ônibus dirigido por um daqueles malucos.

13 abril, 2005

Três vezes mais CSI

Não faz muito tempo que passei a ser um assíduo ( na medida do possível ) telespectador do seriado CSI, que assisto pelo Canal Sony ( em inglês, com legendas; muito melhor que a versão da Record, mas que ainda assim fez um bom trabalho com as vozes dos personagens ).

Comecei assistindo os reprises do CSI original ( Las Vegas ), que foram exibidos entre dezembro de 2004 e fevereiro de 2005 pela Sony. Depois minha esposa se juntou a mim, e acabamos virando fãs do show.

Bom, em março, não sei por qual razão, a Sony decidiu começar a passar, todos os dias as 22:00, o CSI Miami... e devo confessar que não consegui me adaptar com a mudança. Também já tentei assitir o CSI NY, mas não "rolou"...

É bem como um conhecido colocou no blog dele: no CSI Miami, o chefe dos investigadores chegou a Miami sem o seu cavalo e o chapéu de cowboy; enquanto que no CSI NY os personagens não tem aquela empatia ( na minha opinião ).

E em se tratando das tiradas que cada personagem fala, no começo de cada episódio, ninguém bate Grissom, e suas inúmeras citações a Shakespeare.

09 abril, 2005

Apague a luz o último que sair

Dia desses, navegando, achei em um site o seguinte artigo.

O autor do texto compara a diminuição da criminalidade nos EUA, com a adoção do "programa" Tolerância Zero pela polícia de lá, com o que vemos no Brasil hoje em dia, onde cada vez mais parece que quem manda não é o governo oficial, mas o paralelo ( isso quando o próprio governo não acaba ajudando, ao se retirar de assuntos que eles deveriam sim, se "intrometer" ).

Ao ler o artigo citado, me lembrei de outro que havia lido em uma revista semanal, se não me engano a Época. Neste último, o autor fala que o brasileiro passou tanto tempo com a ditadura, que quando se viu livre dela, resolveu que qualquer outra forma de "opressão" era uma volta aqueles tempos.. mas com isso, o que foi que conseguimos ? Que o governo fosse deixando a ordem pública nas mãos de outros, o tão famoso governo paralelo.. e para quem diz que ele não existe, basta andar pelas ruas de São Paulo, e ver que nas esquinas quem manda são os bandidos, descaradamente...

Concordo que uma política de tolerância zero, mas NÃO APENAS ela; temos que dar dinheiro e treinamento para os policiais, educação para as crianças, vergonha na cara para os políticos... Temos que entender que não somos mais uma colônia portuguesa de 1500; que não precisamos ficar olhando embasbacados para o primeiro mundo, querendo chegar lá, mas tendo o medo de fazer o necessário para isso.

Viver num "país abençoado por Deus e bonito por natureza" serve para o que, se para sair e ver todo essa maravilha a pessoa tem que sair num carro blindado, não parar em sinais de trânsito, não usar nada no corpo que chame a atenção, e tudo o mais que todo mundo sabe que não dá para fazer sem que sejamos assaltados ?

Para aqueles que tem a coragem e os meios, a saída é uma só, e ela passa pela porta de uma avião. E o último a sair que apague a luz.

A volta dos que não foram

Um bom tempo se passou desde o meu último post... estava até achando que não iria mais conseguir continuar com ele... mas como minha esposa me disse: "Persistência" :)

E de lá pra cá, muitas coisas aconteceram.. Uma delas, porém, não está nas manchetes, pois foi algo pessoal..

Finalmente tirei da gaveta um projeto antigo. Sempre tive aquela vontade de ir ver com meus próprios olhos como é a vida em um país dito do Primeiro Mundo.. e parece que agora vai :-) Já falei com o meu chefe, já vi datas, escolas, valores, como ir, etc. etc.

Vou unir a vontade de conhecer um outro país com a oportunidade de melhorar o meu inglês, ficando 1 mês estudando em Toronto... chega a dar um "friozinho" na barriga, ficar todo esse tempo em casa de estranhos, que ainda por cima falam outra língua, mas definitivamente, é uma oportunidade que não é possível deixar passar. Era isso ou fazer um curso aqui no Brasil, como um MBA... mas convenhamos, o MBA não conta tanto quanto a vivência em outra cultura.

Por enquanto, ainda estou na fase de preparativos. A data exata da partida ainda está dependente do meu chefe me liberar ou não na data que pedi (estamos bem no meio da implantação de um novo sistema de gestão de clientes). Se eu deixar muito para o final do ano, pego o frio canadense ( posso estar acostumado com o frio gaúcho, mas acho que não com o canadense ).. A idéia é ir no máximo até outubro deste ano.

A medida que o assunto for evoluindo, vou colocando os dados aqui, como se fosse um diário de bordo desta "expedição" a terras estrangeiras..

08 abril, 2005

Dois pesos e Duas medidas

O caso já teve o seu desfecho, com o falecimento da Terri Schiavo, em 31 de março ( que para que não sabe, estava em coma há 15 anos, e cujo marido solicitou a retirada dos equipamentos que a mantinham viva ).

Pois quando o marido fez isso, um circo jornalístico se armou sobre o caso, e como de costume, os palpiteiros apareceram, e um caso de família se tornou um caso mundial.

Bom, todo mundo tem direito as suas opiniões, mas espera-se que elas sigam um peso e uma medida.. mas no caso do Sr. Charles Ray DeLay isso não aconteceu.. quando o assunto era o pai dele, ele não foi contra o desligamento dos equipamentos, mas quando é com outra pessoa, a coisa muda de figura.

Me pergunto: isso era interesse genuíno na dor de uma família que iria ver sua filha morrer, ou apenas uma vontade de aparecer nos noticiários e ter os seus 15 minutos de fama ?