De tão inusitado, reproduzo aqui o texto apresentado no portal Terra (texto original):
"Cinco monges budistas perderam a compostura e brigaram no meio da rua com monges de um templo próximo ao seu, na Tailândia. Conforme a Agência Reuters, a briga foi o ápice de anos de rivalidade entre os dois templos.
Na rusga, causada pela "coleta de almas" em lados diferentes da mesma rua, não faltaram insultos e gestos rudes. "Quando uma pessoa comum recebe um 'dedo do meio levantado', vai ficar brava. Assim como eu", queixou-se um dos monges, Boonlert Boonpan.
Boonlert disse ainda que costuma carregar uma soqueira em sua mochila durante a pregação pelas ruas. Ele e outros quatro monges, todos com idades entre 15 e 28 anos, foram multados por perturbação pública e agressão aos monges mais velhos.
Mesmo multado, But Boonlert não se arrependeu: "Se os senadores podem lutar no Parlamento, por que não os monges?", perguntou."
Talvez o pior de tudo não tenha sido a briga em si, afinal, monges são humanos, e como tais, sujeitos a reações, digamos, extremas... na minha opinião, a declaração mais chocante foi aquela onde se diz: "Se os senadores podem lutar no Parlamento, por que não os monges?"
É como o meu pai costuma dizer: só porque uma pessoa se atira num poço, tu também deve se atirar ? Só porque os parlamentares brigam, devem os outros também brigar ? E eu que achava que este tipo de comportamento fosse exclusividade nacional (aqui, ao invés de brigas, temos roubos: se os políticos roubam, porque não podemos roubar também ?)..
Essa briga dos monges, e a declaração dada me fizeram re-afirmar minha crença de que o nosso país só será desenvolvido o dia em que ele desenvolver coisas mais simples, como acabar com a impunidade; se alguém fez algo errado, esta pessoa deve ser julgada e condenada, servindo assim de exemplo (um bom exemplo), para aqueles que acham que podem se safar... ou seja, o dia que acabarmos com o jeitinho brasileiro, aquele de sempre querer levar vantagem em tudo, daí sim, começaremos a ver uma luz no fim do túnel, e não será um trem vindo em nossa direção.