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23 maio, 2005

Rivera - Uruguai

Sábado, dia 21, foi dia de viagem de um dia até Rivera. Meu sogro havia nos convidado, eu e minha esposa, cerca de 2 semanas atrás.

A viagem começou cedo. 04 da manha já estávamos nos acordando, pois segundo o cronograma iríamos sair de Santa Cruz às 05 da manha, como de fato aconteceu. Éramos eu, minha esposa, o irmão dela, e os pais dela, todos num Fiesta 1.0 ( este é um carrinho bravo, como vocês irão ver ). Era um dia frio de rachar, que piorava quando começava a ventar.

Para fugir das estradas com os piores trechos de asfalto, pegamos a BR471 em direção a Rio Pardo, e depois Pantâno Grande. Dali, seguimos pela BR290 até Rosário, e depois, pela BR158 até Livramento, e daí, Rivera. Entre Santa Cruz e Pantâno, e entre Pantâno e Cachoeira, trechos sob concessão de pedágio, a estrada era boa, e muito bem sinalizada, tanto de noite como de dia. Dali até Rosário a estrada era razoável, mas perto da cidade havia trechos sob reforma (que ainda não estava concluída), então, havia pedaços da estrada que haviam sido "raspados" para troca de asfalto, só que o novo asfalto ainda não havia sido recolocado. Pelo menos, podíamos saber onde terminava a pista e a faixa, mas havia trechos onde não conseguíamos ver nada ( na ida até que não era problema, pois já havia sol, mas na volta, de noite, era um tremendo perigo ).

De Cachoeira até Livramento, a paisagem era a típica da campanha: vastas extensões de campos, com pequenos morros na grande maioria, e alguns poucos morros mais elevados ( onde haviam antenas de TV, rádio e celulares ). O fato curioso da viagem: normalmente, quando passamos por paisagens assim, aqui no Sul, vemos pequenos grupos de animais reunidos, por exemplo, umas 3-4 vacas num "grupinho", ovelhas, cavalos, etc.. mas normalmente, em grupos pequenos.. chegando perto de Rosário, vimos o que parecia ser uma assembléia, com varios animais reunidos, parados, parecendo em volta de alguma coisa... muito sinistro...

Uma coisa inegável era que o dia estava perfeito para se viajar, pois tínhamos sol, céu azul sem nuvens, e não estava quente ( felizmente, pois o carro não tinha ar condicionado, e éramos três pessoas apertadinhas no banco traseiro ).

Por volta da 10:00 da manhã, chegamos em Rivera. Média de velocidade: 130km/h ( isso, lembrem-se, num carro 1.0, que nunca havia pegado estrada antes, e com 5 pessoas dentro ).

Quanto a Rivera, não há muito a se dizer. Minha primeira impressão do local foi como se eu tivesse ido para o centro de Porto Alegre, na região do mercado público, só que em menor escala, com menos movimento ( muito menos ), e com as propagandas das lojas em espanhol. De tudo que há para vender lá, realmente, o que vale a pena são bebidas e perfurmaria ( alguns pouco eletrônicos ). Para se ter uma idéia, uma garrafa de tequila José Cuervo, ouro, que no Brasil custa cerca de R$80, lá sai por US$9,40 ( que na época, e na cotação da loja, deu cerca de R$25,00 ). O preço das mercadorias é basicamente o mesmo em todas as lojas, mas o que varia é a cotação do dólar. Encontrei cotações que iam de R$2,55 a R$2,70.

A péssima impressão do local foi dada pelos banheiros dos locais em que almoçamos e tomamos um lanche. O almoço foi num restaurante que tinha uma apresentação bonita, mas onde o banheiro era uma desastre. Dava arrepios só de pensar se a cozinha era do mesmo nível. O banheiro do local onde tomamos um café, antes de voltarmos, era um deus-nos-acuda. Tenho pena de quem tem que lavar aquilo, pois parece que é 1x por semana que a limpeza passa por lá ( e quando passa dá apenas um oi, e vai embora ).

Às 17:00 saímos de lá, com a sensação de que não vale a pena ir. :)

O negócio é ficar sabendo de alguém que esteja indo até lá, e pedir para trazer algumas encomendas ( não sei se tinha algo especial no dia, ou se é sempre assim, mas não tivemos que passar por alfândega alguma ). A viagem exclusivamente para comprar coisas lá não vale a pena, pois é longe, e a estrada é muito ruim.

E já que queríamos chegar cedo em Santa Cruz, a volta foi mais rápida ainda, com média de 150km/h. Pelas 21:30 havíamos terminado nosso passeio.

E acho que para Rivera não voltamos tão cedo.

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